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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Pixels

A ideia era boa, a promessa de algo divertido também, mas uma coisa deu errado, ou melhor dizendo... Tudo, absolutamente tudo deu errado no mais novo longa de Adam Sandler, ‘Pixels’. Os efeitos especiais são no máximo “bonitinhos”, a mistura entre o mundo real e os games poderia ser algo promissor, até porque estão lá muitas referências para quem já teve o prazer e honra de um dia jogar os clássicos da década de 80, no Atari, fliperamas, e até no inesquecível Nintendo. E mesmo quem não é desse tempo, caso se ache gamer de verdade, tem que conhecer.

Space Invaders, Breakout, Asteroids, Duck Hunt, Frogger, Burger Time, Joust, Centipede, Tetris, Smurf, Dig Dug, Galaga, Mario, Donkey Kong, Pac-Man e sem se esquecer de Q*bert, ufa, acho que citei os principais. Pois é, o renomado diretor Chris Columbus, responsável por clássicos e mais clássicos de “Sessão da Tarde”, alguns como: ‘Esqueceram de Mim’ (1990), ‘Mamãe Não Quer que Eu Case’ (1991), ‘Uma Babá Quase Perfeita’ (1993), roteirista de ‘Gremlins’ (1984), ‘Os Goonies’ (1985), ‘O Enigma da Pirâmide’ (1985) e várias outras produções de tirar o chapéu e rever por muito tempo.

Mas infelizmente ‘Pixel’ é para cair no esquecimento mesmo, talvez até mesmo para Columbus, que não conseguiu dessa vez mesclar nada nesse longa com um elenco pesado, complicado e sem química alguma do começo ao fim.

No começo eu disse o mais novo longa de Adam Sandler, pois bem, um dos nomes mais forte do elenco, mas que a cada longa vem decaindo cada vez mais, além de Sandler, temos também, Kevin James, Michelle Monaghan, Peter Dinklage, Josh Gad, Sean Bean, Brian Cox e sei lá porque a presença de Ashley Benson sem fala alguma que essa deixa para lá.

O roteiro completamente atrapalhado abre a história nos anos 1980. A humanidade sempre buscou vida fora da Terra e, em busca de algum contato, enviou imagens e sons variados sobre a cultura terrestre nos mais diversos satélites já lançados no universo. Um dia, um deles foi encontrado. Disposta a conquistar o planeta, certa raça alienígena resolveu criar monstros digitais inspirados em videogames clássicos dos anos 1980. Para combatê-los, a única alternativa é chamar especialistas nos jogos: Sam Brenner (Adam Sandler), Eddie Plant (Peter Dinklage), Ludlow Lamonsoff (Josh Gad) e a tenente-coronel Violet Van Patten (Michelle Monaghan).

No início e até mesmo nos teaser de divulgação mostrava um projeto criativo, ainda mais com esse elenco que dispensaria qualquer tipo de comentários, mas realmente não deu. Sandler e Monaghan tentam fazer o impossível ao tentar criar qualquer tipo de química entre seus personagens. As piadas além de fracas estão muito mais ultrapassada que qualquer jogo citado no filme, - menos para The Last of Us, jogo de 2013 onde o personagem de Sandler faz comparações -, então só o que resta nos longos 105 minutos é de muita cena previsível e os pensamentos de já vi isso antes em algum lugar.
Outro ponto que não deve passar em branco é a trilha do filme. Para quem conhece a filmografia de Adan Sandler, sabe que ele não dispensa boa música, coisa que o mesmo já citou em vários longas que não escuta nada feito depois dos anos 1990, até aí tudo bem, durante o longa, clássicos do Rock n’ Roll se mistura com a trama, mas infelizmente (novamente), nenhuma música se encaixa em momento algum! Como por exemplo em uma cena tensa de final de campeonato, onde o jogo na questão é Donkey Kong e o que ouvimos é ‘We Will Rock You’ da banda Queen.

Só o que resta dizer para Chris Columbus e toda equipe de ‘Pixel’, é um imenso e doloroso: GAME-OVER!

Ops, já ima me esquecendo sobre o papel desperdiçado de Ashley Benson com sua personagem Lady Lisa, então, sobre esse detalahe é melhor ficar no silêncio eterno.

Nota: 02
(Download)



Título original: (Pixels)
Lançamento: 2015
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Adam Sandler e Tim Herlihy
Duração: 105 min.
Gênero: Comédia/Ficção Científica
Estúdio: Columbia Pictures
Distribuidores: Sony Pictures
Classificação: 14 anos.


Elenco

Adam Sandler (Sam Brenner)
Michelle Monaghan (Tenente-coronel Violet Van Patten)
Kevin James (Presidente Will Cooper)
Peter Dinklage (Eddie Plant)
Josh Gad (Ludlow Lamonsoff)
Sean Bean (Corporal Hill)
Brian Cox (Almirante Porter)
Ashley Benson (Lady Lisa)


Curiosidade


- ‘Pixels’ é baseado no curta-metragem homônimo dirigido por Patrick Jean, em 2010;

- A direção é de Chris Columbus, o mesmo de ‘Harry Potter e a Pedra Filosofal’ (2001) e ‘Percy Jackson e o Ladrão de Raios’ (2010);

- ​Em menos de um dia, o trailer do filme teve 34,3 milhões de acessos, sendo o trailer da Sony Pictures Entertainment de maior acesso. O recorde era de 22 milhões, do filme ‘O Espetacular Homem Aranha 2: A Ameaça de Electro’ (2014);

- O estúdio reuniu um número incrível de icônicas empresas de videogames, cujos personagens clássicos – incluindo Pac-Man, Donkey Kong, Centipede, Galaga, Frogger, Q*bert, e Space Invaders – estão no longa;

- Jennifer Aniston recusou o papel da protagonista feminina e Michelle Monaghan foi escalada em seu lugar;

- O personagem de Josh Gad tem o sobrenome Lamonsoff. Este sobrenome é recorrente nos filmes de Adam Sandler, sob o selo da Happy Madison, como um tributo ao colega de faculdade de Sandler, Eric Lamonsoff, que fez aparições nos longas do ator;

- Este é o nono filme ou programa televisivo em que Kevin James e Adam Sandler contracenam juntos;

- Primeira colaboração entre Chris Columbus e Adam Sandler;

- O ator Peter Dinklage, mais conhecido por seu papel como Tyrion Lannister na série ‘Game of Thrones’, está no elenco;


- Pixels teve um orçamento de US$ 110 milhões.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Homem Formiga

Sou fã de carteirinha e assumido da DC Comics. Nada contra as outras editoras, mas nunca gostei muito da Marvel, tanto que são poucos os heróis que eu acompanho da mesma. Porém, sou um grande fã de Stan Lee e todo seu trabalho.

Então sendo assim, resolvi finalmente assistir ‘Homem Formiga’, e do começo ao fim do filme senti aquela de sensação de grande arrependimento por não ter visto essa mega produção no cinema. O Homem-Formiga é um dos personagens clássicos (embora menor) da Marvel, com ligação direta com o universo dos Vingadores. Sendo assim então, teria como dar errado? Absolutamente não mesmo. O roteiro chega até ser previsível e didático demais, porém, com grande força para se tratar de uma possível boa franquia e porque não um bom reboot com ‘Os Vingadores’.   

O roteiro tem início em 1989, quando Dr. Hank Pym (Michael Douglas), o inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento de seres vivos, rompe com os chefões da empresa onde trabalha. Anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross (Corey Stoll), consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang (Paul Rudd) está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer) e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano do Dr. Pym, que depois de anos observando o hábil ladrão, o escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.

O enredo é sutil. A escalação dos atores chega a um momento ser questionável. O único destaque negativo fica por conta de Evangeline Lilly, como Hope, a filha do Dr. Hank. Não cai bem para a atriz de 35 anos (o que bate com a idade da personagem, se considerarmos os “dias atuais” como 2015) sofrer crises adolescentes – quase infantis – de ciúmes da relação do pai com o novo protegido. A surpresa ( positiva) recai sobre o melhor amigo de Scott, Luis (Michael Peña), um (não tão) hábil contador de histórias. Paul Rudd, carismático como sempre, se sai melhor nas cenas de humor.

E sim, há uma ponte (sólida, de concreto, estruturada, uma highway com diversas pistas) com o mundo dos Vingadores (uma dica: originalmente, são duas cenas pós-crédito), o que é um dos pontos altos da produção. Esse, aliás, e a tecnologia, que permite “enxergar” com uma riqueza de detalhes nunca antes vista no cinema a formiga, a gota d´água, o ácaro, o pólen, o átomo, os elétrons – e uma sensacional batalha sobre um trenzinho de criança de matar de inveja os realizadores do longa de 1989 ‘Querida, Encolhi as Crianças’.

Um roteiro convincente e um elenco nem tão forte como já estamos acostumados a ver, o longa ‘Homem Formiga’ consegue agradar em uma narrativa agradável digna de super-herói. É um filme sem frescuras, calculado do início ao fim para ser um entretenimento direto, que faz consegue fazes suas ligações com a franquia de ‘Os Vingadores’ para, obviamente, reciclar um novo elenco.


Nota: 8




Título original: (Ant-Man)
Lançamento: 2015
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Adam McKay e Paul Rudd
Duração: 115 min.
Gênero: Ação , Ficção científica
Estúdio: The Walt Disney Company France
Distribuidores: Disney / Buena Vista
Classificação: 12 anos.

   

Elenco

Paul Rudd (Scott Lang / Homem-Formiga)
Evangeline Lilly (Hope Van Dyne)
Corey Stoll (Darren Cross / Yellowjacket)
Michael Douglas (Dr. Hank Pym)
Bobby Cannavale (Paxton)
Michael Peña (Luis)
Wood Harris (Gale)
Judy Greer (Maggie Lang)


Curiosidades:

- O super-herói Homem-Formiga foi criado pelos quadrinistas Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, em 1962. O personagem foi um dos fundadores dos Vingadores;

- Na histórias em quadrinhos, o Dr. Hank Pym foi o primeiro personagem a assumir o papel do Homem-Formiga;

- Originalmente era Edgar Wright, de ‘Scott Pilgrim Contra o Mundo’ (2010), que dirigiria ‘Homem-Formiga’. Ele estava envolvido no projeto desde 2006 e foi quem convenceu a Marvel a desenvolvê-lo. Mas ele deixou a produção, por diferenças criativas, quando as filmagens estavam prestes a começar;

- Por sinal, Patrick Wilson teve de abandonar a produção devido a esse atraso nas filmagens. Ele foi substituído por Bobby Cannavale. Outros que deixaram o projeto foram Matt Gerald e Kevin Weisman, já seus personagens deixaram de existir na trama;

- Joseph Gordon-Levitt foi cotado para dar vida ao personagem-título;

- Pierce Brosnan, Gary Oldman e Sean Bean chegaram a ser sondados para o papel do Dr. Hank Pym.
- Jessica Chastain recusou a proposta de interpretar Hope Van Dyne, filha de Hank Pym e par romântico de Scott Lang. O papel ficou com Evangeline Lilly;

- A produção encerra a fase 2 do universo cinematográfico da Marvel, que conta com os filmes Homem de Ferro 3 (2013), Thor: O Mundo Sombrio (2013),  Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014), Guardiões da Galáxia (2014) e Os Vingadores 2: A Era de Ultron (2015);

- No primeiro teaser do longa, a Marvel fez uma brincadeira com o fato do personagem-título ter a habilidade de encolher. As cenas surgem minúsculas, somente visíveis por "formigas".