Para quem espera um filme com muito sexo e nudez, vai encontrar em ‘Bruna Surfistinha’, claro, afinal, é a história da garota de programa mais famosa do país.
Mas ótimo filme, que realmente é ousado, sem ser explicito, um ótimo roteiro, muito bem amarrado, que trata o difícil tema da vida de uma simples garota que resolve se envolver na prostituição, vale a pena ser conferido mesmo.
Um filme com muito sexo e drogas que não se deu ao luxo de cair na baxaria, que com certeza foi visto por maus olhos de alguns (até por mim), mas o longa não tem nada disso, muito menos de exploração fácil e da nudez da belíssima Deborah Secco, que mostrou uma atuação impecável. ‘Bruna Surfistinha’ é um filme digno, verdadeiramente profissional. Muito bem elaborado em todos os sentidos e tecnicamente não só a atuação de Deborah, como de todo o elenco.
Para quem leu o livro O Doce Veneno do Escorpião, não deve ter tido nenhuma surpresa na adaptação, o longa acompanha a história de Raquel (Deborah Secco), uma garota de clase média paulista, igual a milhões de outras, que decide abandonar a família careta para se tornar uma prostituta. Além de ser muito mais bonita que a média, a menina logo descobre como agradar aos homens que, além de sexo, querem ser ouvidos e, se possível, amados. Utilizando seus talentos e inovando na internet. A ascensão de Raquel – que usa Bruna como nome de guerra – é sem dúvida nenhuma, meteórica!
‘Bruna Surfistinha’, realmente consegue ser um filme impecável. Uma boa abordagem do tema à fotografia, da trilha sonora ao roteiro, do elenco à toda montagem. O longa consegue chamar a tenção não só pela nudez, como já disse antes, é ousado sem ser apelativo, a nudez é usada mas sem se deixar levar para baixaria e tem estética de um filme para cinema que felizmente não da aquele tom de televisivo. Nem ao menos parece filme de diretor estreante.
É mais um filme nacional que tenho muito orgulho de recomendar. Recomendo mesmo!
Nota: 9
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Título original: (Bruna Surfistinha)
Lançamento: 2011 (Brasil)
Direção: Marcus Baldini
Roteiro: Antonia Pelegrinno, Homero Olivetto e José Carvalho, baseado em livro de Raquel Pacheco
Duração: 109 min.
Gênero: Drama
Distribuidora: Imagem Filmes
Elenco:
Deborah Secco (Raquel Pacheco / Bruna Surfistinha)
Drica Moraes (Larissa)
Fabiula Nascimento (Janine)
Cássio Gabus Mendes (Hudson)
Cristina Lago (Gabi)
Erika Puga (Mel)
Simone Illiescu (Yasmim)
Brenda Ligia (Kelly)
Juliano Cazarré (Gustavo)
Guta Ruiz (Carol)
Clarisse Abujamra (Celeste)
Luciano Chiroli (Otto)
Sérgio Guizé (Rodrigo)
Gustavo Machado (Miguel)
Curiosidades:
- 'Bruna Surfistinha' foi baseado no livro "O Doce Veneno do Escorpião", best-seller que vendeu cerca de 300 mil cópias no Brasil;
- Estreia de Marcus Baldini na direção de um longa-metragem;
- Inicialmente seria Karen Junqueira a intérprete de Bruna Surfistinha, mas o papel ficou com Deborah Secco;
- Foram nove e meia semanas de filmagens, entre outubro e dezembro de 2009;
- Em entrevista, Deborah revelou que as cenas de nudez, sexo, beijos em outra atriz, rebolado vulgar em balcão de bar, entre outras, não foram considerados desafios para ela, que considerou as cenas com uso de drogas muito mais complicadas pelo seu total distanciamento deste universo;
- A atriz não teve nenhum contato com a verdadeira Bruna Surfistinha antes do filme;
- Em entrevista Drica Moraes revelou que rodou o filme com leucemia, apesar de não saber ainda da doença. Ela passou mal por vários dias e foi diagnosticada apenas após o término das filmagens;
- A cobertura onde Bruna Surfistinha e suas colegas de trabalho moravam ficava na Cracolândia, na cidade de São Paulo, em um prédio de 12 andares que não tinha eletricidade;
- A trilha sonora inclui músicas das bandas paulistanas Cansei de Ser Sexy e Groove Armada;
- Raquel Pacheco, a verdadeira Bruna Surfistinha, aparece em uma ponta como a garçonete na cena em que Bruna e Hudson jantam fora;
- O lançamento nos cinemas seria em julho de 2010, sendo adiado para 25 de fevereiro de 2011;
- Levou 400.412 pessoas aos cinemas em seu primeiro fim de semana. Trata-se da sétima melhor estreia de um filme brasileiro na história;
- Seu orçamento foi de R$ 6 milhões.
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