Total de visualizações de página

sábado, 2 de outubro de 2010

Sempre ao Seu Lado (Hachiko: A Dog's Story)

Tenho certeza que todo mundo que foi ver esse filme no cinema deve ter ouvido a frase "o cachorro morre no final", quando alguém queria fazer uma gracinha sobre o filme. Mas então, Sempre ao seu Lado (Hachiko - A Dog's Story, 2009) também vai te fazer chorar. Muito! Fiqeui sabendo desse filme em uma conversa na facul com o Lucas e ah Fernanda, e ele até falou que a história era real. Ela disse que chorou só de ver o trailer, fiquei mais que curioso. E é fato, as primeiras lágrimas já começa sorrateiramente se alojar nos cantos dos olhos, para depois correr em cascata. Mas o filme também vai te fazer sorrir e refletir sobre o nosso dia-a-dia e as relações que realmente interessam.

Esse longa é uma adaptação de uma história real, que aconteceu no Japão no início do século. Hachiko é o nome de um cachorro da raça Akita que ficou famoso em todo o país depois que apareceu em reportagens de jornais que contavam sua história de lealdade ao seu dono, um professor da Universidade de Tóquio. Todos os dias Hachiko acompanhava seu amigo até a estação de trem e estava lá quando ele voltava para casa.

Hoje na estação de Shibuya existe uma estátua de Hachiko, no lugar onde ele ficava esperando seu dono voltar.

Nessa versão estadunidense da história, Hachiko continua sendo um Akita. Ele é achado quando ainda é um filhote em uma estação na periferia de Nova York pelo professor universitário Parker Wilson (Richard Gere), que o leva para casa. No início, sua esposa (Joan Allen) se recusa a adotar o novo morador, mas é tocada pela cativante relação entre os dois.

Um personagem que faz a ponte entre as duas versões explicando um pouco da mentalidade e crenças japonesas é também um professor universitário Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa). Ele explica ao amigo que talvez não tenha sido ele quem achou Hachiko, mas sim que o cão o escolheu como seu dono. É ele também que explica que "hachi" é o numeral japonês para oito, um número especial, que simboliza a ligação entre os planos terrenos e espirituais.

A direção do sueco Lasse Hällstrom (Regras da Vida, Chocolate, O Vigarista do Ano) carrega no drama, incorporando elementos tipicamente ocidentais que certamente não estiveram na versão japonesa do filme, Hachiko Monogatari, sucesso de 1987. É o caso da brincadeira de pegar a bolinha, que Ken explica ser algo completamente sem sentido para Hachi. "Cachorros japoneses não pegam a bolinha apenas para agradar seu dono ou ganhar um biscoito", explica Ken em uma das cenas mais emocionantes do filme. Nessa hora, pode deixar o jeito machão de lado e pegar aquele lenço de papel que estava no bolso desde Marley e Eu. Acredite, você vai precisar.


Nota: 10



Um comentário: